quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

I want to break freeeee

DE FÈRIAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O silencio que antecede o menear das folhas das árvores

Em muitas ocasiões me senti só. Só no meio de uma floresta linda, testando minha capacidade de sobrevivência. Só fazendo esportes, nadando ou correndo, sem a necessidade de me fazer bonita pois não haviam olhares e nem espelhos. Só ouvindo uma música em silêncio. Só e anônima no meio de uma multidão em Amsterdã.

Mas houve somente uma vez em que me senti realmente só. Faz um tempo e tudo durou 3 horas. Da situação só me lembro da imagem que me vem à mente. O recorte quadro a quadro que há em minha memória é de um prato branco diante de mim, vazio. Eu olhava para baixo, sentada na cadeira, com os cotovelos em cima da mesa, apoiando a cabeça entre as mãos. Nas laterais via desfocados uma toalha de plástico simples e um par de talheres baratos, nos quadros seguintes estão sequenciadas a queda de duas silenciosas lágrimas dentro do redondo branco que via na minha frente.

Jamais poderei explicar a sensação de solidão daquele momento. Misturada à ela vinha um sentimento de impotência e de não ter para onde correr. Sem dinheiro, sem amor e sem ter onde morar, eu chorei. Chorei sem raiva, sem soluços...chorei o choro cansado de quem não tem mais forças para lutar, mas segue respirando.

De vez em quando relembro o sentimento deste dia, mas já sem tristeza...o que sei é que jamais permitirei que meus queridos ou respeitados se sintam assim. Nem a pior pessoa do mundo merece este sentimento.

Entretanto, há muita gente que se sente assim no mundo, por irresponsabilidade alheia ou por escolas próprias que não foram as mais acertadas. Independente do motivo, sigo acreditando que ninguém merece se sentir assim, como eu me senti aquele dia.

Mas, enfim, juntei minhas forças e levantei desta cadeira. Enxuguei as lágrimas dos olhos e do prato.

Passei um batom, peguei minha bolsa e fui viver.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Olhos para te ver


Andava pelo mundo sem saber onde íam meus passos,

Sem ver por onde ia....

Olhava as pessoas na rua e não as via...

Me olhava no espelho e não me reconhecia...

Então tomei uma decisão em minha vida!

Fui ao oculista.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tava numa reunião, querido...



Dia desses divagávamos sobre o complicado tema das traições. Em qual momento da cafungada no cangote consolida-se o ato ilícito? Qual posicionamento deve ter o traído? E o traidor? Os traidores também amam? Qual o taco de beisebol mais adequado para surrar a frente do carro do pulador de cerca?

Perguntas, perguntas e mais perguntas. E somente uma resposta: quem nunca foi corno na vida, que atire a primeira pedra!

A gente pode acusar, chorar, espernear, enfeitar com lacinho, dizer que “mulher não trai, se vinga”, mas o troféu permanecerá lá, exposto na testa. Afinal, chifre não é nada! É só uma coisa que colocaram nas nossas cabeças.

E é mesmo: quando se fala sobre traição, a imagem primeira que vem são duas pessoas escondidinhas num quarto de motel, rezando pro celular não tocar. Mas quantas formas de traição existem?

Um cônjuge que bate no outro não lhe trai o direito à dignidade física?
Uma promessa não cumprida não é uma traição à confiança?
Chantagear o outro por alguma razão financeira não é uma traição à dignidade, quando este outro está desempregado ou com dificuldades econômicas?
Combinar uma coisa e não cumprir não é uma forma de enganar?

Traímos e somos traídos todos os dias, pelos outros ou por nós mesmos. A diferença é que a traição tem intensidades: o limite é o limite do respeito! Até onde a gente aguenta que pisem em nosso calo. Quando o calo dói, então é hora de vestir outro sapato, mesmo que o calçado anterior seja muito querido e tenha custado muito caro, nada justifica a mágoa que fica mesmo! Ninguém pode negar!

Às vezes passar por essas até é bom pra se dar mais valor ao amor dos outros...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

I believe!!!!!

Curioso é o fenômeno das crenças...

É muito difícil ser laico o suficiente para conseguir respeitar a opinião, religiosidade, convicção ou sei-lá-que dos outros.

Nesses dias a gente foi participar de um concurso (que nos rendeu o 2o lugar, cinquentinha para cada uma - se o cheque não voltar - e essa foto aí do lado). E o medo de ferir o artigo primeiro do parágrafo segundo de Dom João III que dizia que a apresentação não podia ter nenhuma conotação que desrespeitasse uma religião, cultura, cor, classe social ou eventualmente, desrespeitasse a mãe do bandeirinha.

Imagine nossa situação: a dança do ventre é, entre muitas das culturas onde é dançada, dança de prostitutas. Um muçulmano qualquer que passasse por ali poderia muito bem ficar ofendidíssimo por nos ver dançando em representação ou mençao a uma cultura. Piora quando algumas nuances da apresentação têm influência estritamente ocidental, como é o Fusion.

Da mesma forma, acontece esse tipo de coisa no cotidiano. Hoje mesmo um católico extremo (digo que ele era católico porque o fulano bradava aos quatro ventos que o Brasil é católico) se irritou bastante com um evangélico que aparentemente só lhe queria entregar um folheto com alguma palavra de Deus. Oras, eu não sou nem católica, nem apostólica e nem romana....nem evangélica, por sinal e não costumo me ofender quando alguém me oferece a palavra de Deus ou da gráfica que imprimiu o folhetinho.

Esse tipo de coisa já foi muito útil certa vez que, sem eira, beira ou um lugar para onde ir no Aeroporto de Gelão Velho da FAB do Rio de Janeiro, um distinto cabo, em vez de me dar palavra de prisão por estar indevidamente zanzando a altas horas da noite no aeroporto, me deu a palavra do Senhor para eu me distrair en quanto esperava uma carona cair do céu para sair do tal aeroporto.

Felizmente, depois de um tempo, o Senhor ouviu as minhas palavras de SOCORRO e me arranjou uma caroninha pra ir até a Rodoviária para eu me rumar pra São Paulo, finalmente.

O Folhetinho dado está até hoje estratégicamente guardado na minha carteira para alguma emergência ou precisão Divina (vai saber, né?).

Voltemos ao gordinho católico: quase que Deus teve que mandar uma palavra de prisão pro gordinho antes que ele se atracasse com o evangélico...fico pensando em quais as palavras do evangélico para causar tanto furor no católico. Talvez ele mesmo esteja se perguntando até agora o que foi que ele disse de errado.

De qualquer forma, para quem já saiu do país, do Estado ou mesmo saiu do Morumbi pra Guaianases, já deve ter vivido na pele o problema de ser mal entendido por uma cultura alheia à sua.

Melhor nessa situação é abrir uma cerveja (sem álcool para os evangélicos) e balangar a vida!!!



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Manual do Primeiro Dia Menstrual

Certa vez, perguntada pelo singular estado de ânimo que acompanha uma TPM, nossa ex-ilustre representante latino-americana Shakira (pré-cabelos-loiros) respondeu: somos traídas pelos nossos hormônios.

De fato, juntamente com o Big Bang, a TPM feminina é um dos mistérios da humanidade (masculina, pelo menos).

Por esta razão, e após a indagação de diversos amigos que buscam entender este mistério, expor-lhes-ei meu singelo depoimento pensado e repensado deste dias de fúria.

Tal como a lua, o humor feminino varia mais ou menos de acordo com seu estado hormonal. Há outros fortes fatores intervinientes, tais como: estresse no trabalho, problemas sexuais com o companheiro, falta de dinheiro, problemas com o companheiro, estresse nos estudos e...problemas com o companheiro.

Durante mais ou menos três semanas no mês, dependendo dos problemas supra citados, a mulher goza de relativa tranquilidade hormonal. A pele é uma maravilha, os pássaros cantam e as flores desabrocham.

Então vem aquela semana. Primeiro sinal: a espinha e os cravos. Todos de uma vez! Durante três dias prévios aos vampirescos, tudo é motivo de choro...meu salário que não aumenta, a crise no mundo, meu quarto desarrumado, minha pele que tá um horror, meu cabelo com frizz e o maldito martelo que não pára de martelar debaixo do prédio.

Pra completar a obscuridade do período, chove uma semana e minha roupa não seca nempor milagre.

O dia prévio ao dia M é a exacerbação de todo o rancor amargado nos últimos dias: São Pedro é veementemente xingado (cogitando-se a possibilidade da morte para ter uma audiência pessoalmente com o Divino, a fim de lhe pedir explicações meteorológicas); o pedreiro debaixo do prédio é coagido a parar de martelar, sob risco de ELE ter uma audiência pessoal com o Divino (mesmo que ele não queira); Chronos é intimado a parar o tempo a fim de que a pele não padeça com o binômio tempo/gravidade; o ilustre companheiro leva uma bela de uma bronca por algo extremamente importante (importante, pelo menos, naquela fase da lua).

Aí convém a defesa: da mesma forma que os homens pedem compreensão na hora de ir ao jogo de futebol (necessidade curiosa para nós, mulheres que somos incapazes de entender o que há de divertido em 22 homens correndo atrás de uma bola, sendo que a bola, geralemente, não é uma mulher - segunda motivação masculina, segundo as mulheres), é necessário entender que, durante a semana vermelha - a menstruação é de esquerda e se comporta como tal! - a mulher só quer que o mundo acabe em chocolate!

Há algo de dificil nisso?

Portanto, homens, ao ver sua namorada, amiga ou esposa num estado de nervos que não lhe é próprio, siga meu conselho: compre um vinho, ou melhor, dois...faça um jantar para a moçoila, deixe ela maldizer o mundo, xingar e se desfacelar em lágrimas em seguida e ponha-a para dormir. Amanhã, tudo melhorará. Ela se queixará de cólicas, ficará quietinha, amuada com essa dorzinha chata e intermitente que durará todo o primeiro dia de regra...os dias posteriores serão traquilos...

Absolutamente não tome nada pelo lado pessoal e, pelo amor de Deus, não lhe retruque os xingamentos ou atribua verbalmente o nervosismo à TPM. É a pior coisa que se pode fazer nestes momentos!

Viciados em qualquer coisa jamais se assumem viciados...mulheres em TPM jamais se assumem em TPM.

E sejam felizes para sempre ou até o próximo ciclo!

domingo, 22 de novembro de 2009

Fim de ano é na......!!!!!

Término de ano é sempre uma época complicada.

Para aqueles que se planejam durante todo o ano, são duas as perspectivas no mês de dezembro: no balanço final, a satisfação por haver cumprido os objetivos do fim do ano ou; a frustração de ver as metas se afundando água abaixo.

Se por um lado o planejamento anual é importante, por outro, é bom não deixá-lo como uma camisa de força. Este ano por exemplo eu tinha estabalecido que até o fim do ano teria casa, filhos, um companheiro e um bom trabalho. Nem um destes planos funcionou tal como eu queria! Porém, o que eu consegui foi - em termos - mais promissor do que havia delineado.

Vi, por exemplo que o mundo não acaba se algo muito importante não dá certo...isso é só o anúncio de um novo começo, que talvez tenha um final muito melhor.

Fiz coisas que jamais imaginei que faria: conheci o Nordeste, voltei a dançar, descobri que não sou capaz de me submeter a qualquer opinião e que esmolas não pagam meu trabalho.

No entanto, o fim de ano ainda assim pesa: pesa não pela correria em cumprir os compromissos, mas sim pela atmosfera católica que, via de regra, nos condena a ter esta e aquela conduta. A pressão da moral, a família que sutil e incoscientemente cobra aquilo que não se pode dar.

No fim somos todos cegos andando na direção do abismo. E ainda assim fingimos que temos o controle sobre os nossos destinos ou que Um Deus misericordioso nos guiará no bom caminho e nos salvará dos ímpios: a cada dia acredito menos nisso. A sensação que dá é que, do planeta Terra, Deus se demitiu.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Ferro de Passar Meredita S.A.! Adquira já o seu!


Seu marido não sabe passar roupas....

Ele passa horas e horas do seu dia atrás de você para que vc passe aquela camisa e é capaz de perder o horário da reunião por causa de uma dobrinha mal feita.

Se seu problema é este, então eles acabaram!!!

Chegou o ferro de passar roupas anti matrimônio Meredita S.A!!!

Ele consiste trazer para as roupas do SEU marido todo o afã de tudo aquilo que você sempre sonhou em fazer com ele e nunca pôde porque a lei não permite!

Se ele não entender a indireta, garantimos a devolução do seu dinheiro ou a troca...de seu marido.

Ligue já: 7070-7070 e se você não conseguir, vossetenta de novo!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E se eu fosse você


E se eu fosse diferente?

Se fosse menos brava
Fosse menos teimosa
Se bebesse mais cerveja do que água?


Se trabalhasse menos
Se fosse mais preguiçosa
Daria mais certo?

Se comesse mais?
Bom, assim eu seria menos magra, pelo menos
Se eu falasse menos quando falo mais
Se eu falasse mais quando falo menos

Se eu tivesse 1,80m?
(ai, faltava essa pergunta, né?)
Se eu tivesse de novo 20 anos
Faria tudo de novo?


Se eu largasse tudo e casasse com um homem desinteressante
Mas rico...
Se eu deixasse de ser feminista
Se eu cozinhasse mais?
Será que daria certo?

E o que deu errado?

Digo, será que deu alguma coisa de errado ou o que eu acho que tá errado, tá certo???

E se ser feminista, brava, teimosa, intempestiva e imprevisível sejam exatamente as características certas e que tudo está certo no meu lugar no cosmo?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apresentação do Grupo Simbiose 2009





Queridos e queridas,

No dia 5 de dezembro será a apresentação das coreografias de dança do ventre desenvolvidas pelo Grupo Simbiose ao longo de 2009.

Serão dez apresentações: cinco em grupo e cinco solos. Eu farei um solo coreografando a história da Deusa Egípcia Ísis: ao descobrir a morte de seu marido Osíris por Seth, Isís sai em uma jornada em busca de seus restos mortais a fim de ressucitá-lo.

Os ingressos são limitados devido ao tamanho do espaço. Quem quiser, favor escrever para: suzanalourenco@yahoo.com.br.

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Local: Teatro Caldeirão 21
Rua Dona Layr Costa Rego, 85b. Jardim Peri Peri. São Paulo
O teatro fica na altura 2.900 da Av. Eliseu de Almeida.
Web: http://espacocaldeirao.tripod.com/
Tel: 37491473

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ahhh!!! A ra...A rata era do tamanho do meu braço!!!

Dizem que nós mulheres fazemos uma tempestade em copo d'agua por qualquer coisa.Pode até ser, mas hoje as mulheres a beira de um ataque de nervos tiveram seus motivos!
Morar no CRUSP não é o tipo de conselho que uma mãe dê para um filho seu. Já não basta o histórico que envolve o lugar, o presente não é muito mais alentador. Primeiro o inconveniente de morar no primeiro apartamento do primeiro andar de um prédio sem escada e sem síndico. Segundo por estar do lado do restaurante central onde TODOS os estudantes almoçam e jantam. Terceiro porque o DCE é do lado. Quarto porque a reitoria é na frente e quinto porque moramos no apartamento mais controlado pela port(c)aria.

Junte a isso o fato se estarmos na “Casa das 7 mulheres” com um banheiro e um varal (quebrado).
Feito o cenário, contextualizemos: uma semana em crise de sinusite; uma semana sem ter cabeça pra estudar (agravado pelo vício da dança exposto anteriormente); fugir olimpicamente (quando a fuga é interessante) das carências dos representantes do sexo oposto; a remuneração deficiente; meu orientador do outro lado do oceano e a ausência plena de absurdo.
Aquele solão das 10h da manhã em pleno feriado. Eu sozinha com minha bagunça no quarto (que eu faço questão de aumentar e contemplar quando não tem ninguém que me cobre organização). O silêncio. Os amigos convidando pra almoçar e jantar. Que beleza! Bom, vou lavar minha pilha de roupa suje espalhada pelo quarto, lavar o tênis, fazer faxina. Lavei o quarto inteiro e entrei no banho pra lavar o cabelo e aproveitar o tempo bom pra secar bem esse tapete que tenho em cima da cabeça e não piorar inda mais a sinusite.
Mas como alegria de pobre dura pouco e São Pedro detesta as donas de casa, aconteceu: Choveu! Choveu torrencialmente aquela chuva de vento pelos exatos 7 minutos que fiquei no chuveiro!!!
E daí: eu no banho quente, a cabeça molhada, com sinusite, botando os pulmões pra fora e minha roupa limpinha no varal tomando aquela água. É ou não é a lei de Murphy? E pra sair naquele vento? Ainda bem que Deus é grande e meus amigos são foda! Solidariedade estudantil.
Antes que eu derrubasse o prédio de raiva, Super Sandrinha achou um amigo e uma centrífuga e a Fabi (que horas depois quase teve um treco pela ratazana que viu na frente do apartamento, sendo prontamente acudida por dois peruanos que ali passavam desinteressadamente e deram cabo da capivara, hã, da ratazana) me achou um secador de cabelo...Aqui é assim: uns dias às vezes tão melhores pra uns que pra outros, mas compartilha-se e se vive em harmonia...entre os cruspianos, a roupa no varal e as ratazanas tão gordinhas que vivem no submundo da USP junto com outros subversivos...

A dança como fator anti-repressivo


Ultimamente as pessoas têm me alertado do papel que a dança tem tomado na minha vida. Basicamente, e perigosamente, a dança do ventre contemporânea tem mesmo desviado minha atençaõ do mestrado. Pego os livros para estudar o capitalismo e meio ambiente, ponho uma música para me concentrar e quando me dou conta, já estou em outro mundo pensando em possíveis passos e em uma coreografia.

Bom, este é um tema com o qual vou ter que lidar até a qualificação e até defender o mestrado...ou talvez até eu decidir como e quando vou fazer isso.


É um dilema...


Mas não é sobre isso que quero falar. Talvez em outra hora. Voltemos à dança!
A dança é uma das formas mais completas de se aumentar a autoestima, desenvolver a comunicação corporal e expressividade. Além do mais, pelo menos pra mim, como se aproxima do esporte, mantém os egos sob controle. Afinal, todo o mundo sabe (ou deveria saber) que o ego mal resolvido é a pior desgraça num processo criativo. Não há nada mais desagradável que aquelas pessoas que se acham únicas só por terem tido o tino de desenvolver algo que se supõe importante. Nada que se cria é eterno e ninguém é imortalizável...só Jesus conseguiu isso e mesmo assim ele não é uma unanimidade.
Porém, o ego tem um outro lado positivo: o do desenvolvimento da auto estima. Na dança do ventre isso é trabalhado multidimensionalmente nas mulheres. Primeiro porque sua origem se dá em uma sociedade matriarcal, depois porque desenvolve áreas do corpo que têm uma importância psicológica.
A movimentação dos quadris e seu desenvolvimento trabalha com outras questões críticas. No quadril projetamos todos os nossos tabus sobre a sexualidade. A moralização dos movimentos trava por exemplo que movamos os quadris com desenvoltura. Na nossa cultura ocidentalizada os movimentos têm que ser elegantes e desprezar quaisquer traços de erotismo ou de sensualidade ou qualquer outra coisa que remeta ao pecado inicial.
Por isso, mover os quadris para muitos é muito difícil...Falo os quadris por ser de mais fácil compreensão seu travamento, mas isso se dá na movimentação de tronco (busto) e braços (simbolismos).
Naturalmente e à medida que tomamos consciência de nosso corpo a resolução de nosso tabus vai ficando mais fácil. A saúde do corpo passa a refletir na mente.
Para as mulheres, a tomada de conhecimento do corpo também leva a uma mair compreensão de seu papel na sociedade. Ela se liberta de clichês de dentro para fora e passa a lidar melhor com as adversidades da vida, posicionando-se.
Acho imprescindível que em programas de ajuda a mulheres violentadas ou ajuda psicológica que se tenha em conta o papel da expressão corporal na sua reinserção na sociedade e na sua re-inserção a ela mesma!
Só o autoconhecimento pode reverter o quadro repressivo e opressivo do machismo em que vivemos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Guido Westerwelle



Segundo noticiado pela Deutch Welle (http://www.dw-world.de) "tudo indica que o presidente do Partido Liberal Democrata (FDP), Guido Westerwelle, será o próximo ministro alemão das Relações Exteriores. Ele, que também lidera a bancada parlamentar do FDP, seria então o primeiro homossexual assumido no posto de chefe da diplomacia do país."

Minha dúvida é: o que a sexualidade do candidato tem a ver com a sua capacidade em governar? Curiosamente atribui-se um peso ilógico às opções sexuais, como se elas fossem condicionantes à outras habilidades pré concebidas. Espera-se que cada um desempenhe uma atividade dentro do rol de profissões inerentes à sua sexualidade: mulheres dedicariam-se a profissoões que exijam sensibilidade, pois se lhes atribui que a mulher é sensívele emotiva por natureza; homens-líderes porque faz parte da virilidade liderar. Dependendo da homossexualidade (masculina ou feminina) espera-se algo similar na divisão dos papéis.

Ora, imagina-se por acaso que o candidato em qustao será menos hábil ou sagaz nas discussões ministeriais? Esperaria-sse que uma mulher lésbica fosse agressiva nos negócios. Não vejo bem assim! Isso limita muito a personalidade humana.

A sexualidade é um aspecto da vida pessoal que não deve influir em outros âmbitos ou atribuições, e deve ser respeitada como tal, respeitando-se assim a liberdade individual.

sábado, 10 de outubro de 2009


Geometria Corporal Expressiva



Além de seu objetivo pedagógico, o método também tem sua função terapêutica, seja ele aplicado em qualquer estilo de dança.

Na sua prática, o corpo tem a oportunidade de contar a sua história, sobre o passado registrado em sua musculatura e órgãos internos, ou seja, se existir um processo de somatização de couraças musculares, a Geometria corporal expressiva, auxiliará em algumas destas dificuldades de expressão e de leitura corporal, resultando, inclusive, na maioria dos casos, em uma aprendizagem mais rápida, uma vez que a base de sua abordagem (a geometria) é universalmente compreendida - quando corretamente aplicada.
A anatomia humana, possuindo geometria no conceito de postura, é amplamente estudada em conjunto com a cinesiologia, pois a "corporificação" das experiências humanas, vem mostrar que toda aprendizagem somática exige correção postural. A Geometria corporal expressiva ajuda a corrigir a postura, aliviando a tensão muscular das regiões cervical, torácica e lombar.
Postura é um termo geralmente utilizado para avaliar o alinhamento das partes corporais, considerando sua posição em pé, sentada e deitada. Nem sempre a boa postura acompanha estas três posições. Pessoas anatomicamente diferentes terão posturas diferentes, e, devido às variações anatômicas, utilizarão o corpo de maneiras diferentes, mesmo que o movimento expressado seja o mesmo para ambas. Logo, a Geometria corporal expressiva não generaliza uma "postura correta" para biótipos diferentes – cada biótipo estabelece sua boa postura dentro de sua própria estrutura, adotando uma atitude que preservará sua natureza anatômica, aliviando lombalgias, dores cervicais e dores na cintura escapular.
A Geometria corporal expressiva também pode ser coadjuvante dos métodos de Feldenkrais, Laban, dos 5 Ritmos de Gabrielle Roth e da Bioenergética de Alexander Lowen.
O intuito pedagógico e terapêutico em sua utlização prática explicam a cultura do termo, mas a razão artística também complementa sua existência.

Se a geometria utilizada como ferramenta visual e cinestésica, é apresentada através de gráficos, cujas linhas e formas representam a intenção do movimento a ser executado, a metafísica assegura a interpretação da metáfora da forma desenhada pelo corpo. Logo, a expressão do movimento é melhor representada, se sua estrutura morfológica for bem compreendida, isto é, quando o movimento como forma é legível, sua interpretação pode ser mesurada. Por essa razão, o método também é chamado de "metaforma e movimento". Apenas uma outra denominação para mencionar sua intenção e acentuar o intuito terapêutico.
A musculatura corporal também codifica emoções e as simboliza em sua linguagem corporal. Logo:
Representar uma idéia em movimento é uma das funções da dança;
Emocionar e fazer um público sentir o que é transmitido através do corpo é uma arte;
Dominar a expressão corporal, controlar a postura e os movimentos, sentir os intuitos da música, são elementos de um mesmo processo: linhas em movimento no corpo são capazes de emocionar.

Fonte: Wiki...

Origem da Dança do Ventre


A origem é controversa. É comum atribuir a origem a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis, em agradecimento à fertilidade feminina e às cheias do rio Nilo, as quais representavam fartura de alimentos para a região; embora a Egiptologia afirme que não há registros desta modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.




Por possuir elementos corporais e sexuais femininos, acredita-se que sua origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era considerada um ritual sagrado. A origem está relacionada aos cultos primitivos da Deusa Mãe, Grande Deusa ou Mãe Cósmica: provavelmente por este motivo, os homens eram excluídos do cerimonial (Portinari, 1989). As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais.


As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães (Penna, 1997).


PENNA, Lucy. Dance e Recrie o Mundo. São Paulo: Ed. Summus, 1997.




PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1989.
 
Fonte: Wikipedia (nem sempre se pode ser original nas buscas, não? hehe)

Aspectos sociais e psicológicos da prostituição

Muitos países do mundo discutem como lidar com o tema da prostituição. Apesar de em muitos países considerarem o tema como crime, há alguns onde há formas de legalização ou pelo menos abstinência de penalidades. Discutido em associações de profissionais do sexo, universidades, legislações e afins, o tema tem posicionamentos prós e contras, como os que segue:


Os propositores da legalização acreditam que o fato reduziria crimes, ajudaria no controle sanitário, aumentaria a renda pública (observação minha: o governo sempre pensa no seu filão, né?) promoveria a autonomia de escolha. Argumentam que a legalização da postituição é necessária como passo para a liberação sexual, ajudaria no controle da pobreza e tiraria as prostitutas das ruas.


Os opositores à medida alegam que a criminalidade e a prostituição ilegal  aumentariam, em vez de reduzir, além de aumentar a incidência de DSTs e tráfico humano. A alegação é que a prostituição é inerentemente imoral e empodera o submundo criminoso, além de eumentar a repressão da mulher pelo homem.


(tradução livre da página http://prostitution.procon.org/viewresource.asp?resourceID=000114. Há de ressaltar que para a pesquisa de material para este texto foram encontradas dificuldades em acessar páginas encontradas por pesquisa boleana com a palavra chave "prostituição no Brasil". Apareciam mensagens de segurança às páginas acessadas, de acordo com seu conteúdo. Considero positivo este controle)


Pessoalmente sou favorável a um controle da prostituição no Brasil. É impossível que o tema permaneça na obscuridade tal como está. A falta de abordagem e a situação instável de não haver uma lei que reprima ou permita a prostituição transforma o problema da prostituição em zonas turísticas em algo, visto, conhecido, repudiado mas largado às traças porque não há o que fazer.


Existem associações de profissionais do sexo, o que considero um avanço positivo. Há de haver uma orientação àquelas pessoas que vivem disso! Há pessoas que se prostituem ou se prostituirão por anos para sobreviver. Essa profissão existe desde que o mundo é mundo. Independente dos julgamentos de moralidade ela está aí e vai continuar.


Acho que existem duas coisas completamente diferentes: aquilo que achamos que o mundo deveria ser e o que ele realmente é. Eu também gostaria que não fosse preciso as pessoas venderem seus corpos pra viver, assim como eu gostaria que todas as pessoas fossem boas ou se esforçassem para sê-lo. Se não boas, pelo menos respeituosas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


"Tenéis de todo, pero no os basta. Os quejáis. ¡En Francia se pasan la vida quejándose! Os encadenáis de por vida a un banco, y hay ansia de poseer, frenesí, prisa... En el desierto no hay atascos, ¿y sabe por qué? ¡Porque allí nadie quiere adelantar a nadie!"

Feminismo e religião

Hoje, depois de tentar estudar e mais uma vez não conseguir, fiz o que todo ocioso faz: entrei no orkut. Fazer uma coisa que nunca faço: ver as comunidades que participo. Sim, porque a participação em comunidades do Orkut via de regra é literalmente virtual...vc tá lá porque o nome é engraçadinho mas jamais vai entrar pra ver os posts.

Pois dessa vez eu vi. E pra começar já entrei direto no tema que me deixa mais cabreira: numa comunidade que tenho sobre o feminismo e a Igreja.

Acho muito curioso que a Igreja Católica tenha colocado a mulher numa posição tão condenável. Há gente que realmente acredita que a mulher desobedeceu as leis da natureza e por isso paga com as dores seus pecados (bom, pelo menos pra contrabalancear Deus deu às mulheres uma mair capacidade de suportar a dor).

Mais não é isso que acho mais curioso. Acho surreal que as próprias mulheres aceitem essas idéias e reproduzam-nas às suas filhas...e como a própria sociedade impele que esse raciocínio mude algum dia.