quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apresentação do Grupo Simbiose 2009





Queridos e queridas,

No dia 5 de dezembro será a apresentação das coreografias de dança do ventre desenvolvidas pelo Grupo Simbiose ao longo de 2009.

Serão dez apresentações: cinco em grupo e cinco solos. Eu farei um solo coreografando a história da Deusa Egípcia Ísis: ao descobrir a morte de seu marido Osíris por Seth, Isís sai em uma jornada em busca de seus restos mortais a fim de ressucitá-lo.

Os ingressos são limitados devido ao tamanho do espaço. Quem quiser, favor escrever para: suzanalourenco@yahoo.com.br.

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Local: Teatro Caldeirão 21
Rua Dona Layr Costa Rego, 85b. Jardim Peri Peri. São Paulo
O teatro fica na altura 2.900 da Av. Eliseu de Almeida.
Web: http://espacocaldeirao.tripod.com/
Tel: 37491473

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ahhh!!! A ra...A rata era do tamanho do meu braço!!!

Dizem que nós mulheres fazemos uma tempestade em copo d'agua por qualquer coisa.Pode até ser, mas hoje as mulheres a beira de um ataque de nervos tiveram seus motivos!
Morar no CRUSP não é o tipo de conselho que uma mãe dê para um filho seu. Já não basta o histórico que envolve o lugar, o presente não é muito mais alentador. Primeiro o inconveniente de morar no primeiro apartamento do primeiro andar de um prédio sem escada e sem síndico. Segundo por estar do lado do restaurante central onde TODOS os estudantes almoçam e jantam. Terceiro porque o DCE é do lado. Quarto porque a reitoria é na frente e quinto porque moramos no apartamento mais controlado pela port(c)aria.

Junte a isso o fato se estarmos na “Casa das 7 mulheres” com um banheiro e um varal (quebrado).
Feito o cenário, contextualizemos: uma semana em crise de sinusite; uma semana sem ter cabeça pra estudar (agravado pelo vício da dança exposto anteriormente); fugir olimpicamente (quando a fuga é interessante) das carências dos representantes do sexo oposto; a remuneração deficiente; meu orientador do outro lado do oceano e a ausência plena de absurdo.
Aquele solão das 10h da manhã em pleno feriado. Eu sozinha com minha bagunça no quarto (que eu faço questão de aumentar e contemplar quando não tem ninguém que me cobre organização). O silêncio. Os amigos convidando pra almoçar e jantar. Que beleza! Bom, vou lavar minha pilha de roupa suje espalhada pelo quarto, lavar o tênis, fazer faxina. Lavei o quarto inteiro e entrei no banho pra lavar o cabelo e aproveitar o tempo bom pra secar bem esse tapete que tenho em cima da cabeça e não piorar inda mais a sinusite.
Mas como alegria de pobre dura pouco e São Pedro detesta as donas de casa, aconteceu: Choveu! Choveu torrencialmente aquela chuva de vento pelos exatos 7 minutos que fiquei no chuveiro!!!
E daí: eu no banho quente, a cabeça molhada, com sinusite, botando os pulmões pra fora e minha roupa limpinha no varal tomando aquela água. É ou não é a lei de Murphy? E pra sair naquele vento? Ainda bem que Deus é grande e meus amigos são foda! Solidariedade estudantil.
Antes que eu derrubasse o prédio de raiva, Super Sandrinha achou um amigo e uma centrífuga e a Fabi (que horas depois quase teve um treco pela ratazana que viu na frente do apartamento, sendo prontamente acudida por dois peruanos que ali passavam desinteressadamente e deram cabo da capivara, hã, da ratazana) me achou um secador de cabelo...Aqui é assim: uns dias às vezes tão melhores pra uns que pra outros, mas compartilha-se e se vive em harmonia...entre os cruspianos, a roupa no varal e as ratazanas tão gordinhas que vivem no submundo da USP junto com outros subversivos...

A dança como fator anti-repressivo


Ultimamente as pessoas têm me alertado do papel que a dança tem tomado na minha vida. Basicamente, e perigosamente, a dança do ventre contemporânea tem mesmo desviado minha atençaõ do mestrado. Pego os livros para estudar o capitalismo e meio ambiente, ponho uma música para me concentrar e quando me dou conta, já estou em outro mundo pensando em possíveis passos e em uma coreografia.

Bom, este é um tema com o qual vou ter que lidar até a qualificação e até defender o mestrado...ou talvez até eu decidir como e quando vou fazer isso.


É um dilema...


Mas não é sobre isso que quero falar. Talvez em outra hora. Voltemos à dança!
A dança é uma das formas mais completas de se aumentar a autoestima, desenvolver a comunicação corporal e expressividade. Além do mais, pelo menos pra mim, como se aproxima do esporte, mantém os egos sob controle. Afinal, todo o mundo sabe (ou deveria saber) que o ego mal resolvido é a pior desgraça num processo criativo. Não há nada mais desagradável que aquelas pessoas que se acham únicas só por terem tido o tino de desenvolver algo que se supõe importante. Nada que se cria é eterno e ninguém é imortalizável...só Jesus conseguiu isso e mesmo assim ele não é uma unanimidade.
Porém, o ego tem um outro lado positivo: o do desenvolvimento da auto estima. Na dança do ventre isso é trabalhado multidimensionalmente nas mulheres. Primeiro porque sua origem se dá em uma sociedade matriarcal, depois porque desenvolve áreas do corpo que têm uma importância psicológica.
A movimentação dos quadris e seu desenvolvimento trabalha com outras questões críticas. No quadril projetamos todos os nossos tabus sobre a sexualidade. A moralização dos movimentos trava por exemplo que movamos os quadris com desenvoltura. Na nossa cultura ocidentalizada os movimentos têm que ser elegantes e desprezar quaisquer traços de erotismo ou de sensualidade ou qualquer outra coisa que remeta ao pecado inicial.
Por isso, mover os quadris para muitos é muito difícil...Falo os quadris por ser de mais fácil compreensão seu travamento, mas isso se dá na movimentação de tronco (busto) e braços (simbolismos).
Naturalmente e à medida que tomamos consciência de nosso corpo a resolução de nosso tabus vai ficando mais fácil. A saúde do corpo passa a refletir na mente.
Para as mulheres, a tomada de conhecimento do corpo também leva a uma mair compreensão de seu papel na sociedade. Ela se liberta de clichês de dentro para fora e passa a lidar melhor com as adversidades da vida, posicionando-se.
Acho imprescindível que em programas de ajuda a mulheres violentadas ou ajuda psicológica que se tenha em conta o papel da expressão corporal na sua reinserção na sociedade e na sua re-inserção a ela mesma!
Só o autoconhecimento pode reverter o quadro repressivo e opressivo do machismo em que vivemos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Guido Westerwelle



Segundo noticiado pela Deutch Welle (http://www.dw-world.de) "tudo indica que o presidente do Partido Liberal Democrata (FDP), Guido Westerwelle, será o próximo ministro alemão das Relações Exteriores. Ele, que também lidera a bancada parlamentar do FDP, seria então o primeiro homossexual assumido no posto de chefe da diplomacia do país."

Minha dúvida é: o que a sexualidade do candidato tem a ver com a sua capacidade em governar? Curiosamente atribui-se um peso ilógico às opções sexuais, como se elas fossem condicionantes à outras habilidades pré concebidas. Espera-se que cada um desempenhe uma atividade dentro do rol de profissões inerentes à sua sexualidade: mulheres dedicariam-se a profissoões que exijam sensibilidade, pois se lhes atribui que a mulher é sensívele emotiva por natureza; homens-líderes porque faz parte da virilidade liderar. Dependendo da homossexualidade (masculina ou feminina) espera-se algo similar na divisão dos papéis.

Ora, imagina-se por acaso que o candidato em qustao será menos hábil ou sagaz nas discussões ministeriais? Esperaria-sse que uma mulher lésbica fosse agressiva nos negócios. Não vejo bem assim! Isso limita muito a personalidade humana.

A sexualidade é um aspecto da vida pessoal que não deve influir em outros âmbitos ou atribuições, e deve ser respeitada como tal, respeitando-se assim a liberdade individual.

sábado, 10 de outubro de 2009


Geometria Corporal Expressiva



Além de seu objetivo pedagógico, o método também tem sua função terapêutica, seja ele aplicado em qualquer estilo de dança.

Na sua prática, o corpo tem a oportunidade de contar a sua história, sobre o passado registrado em sua musculatura e órgãos internos, ou seja, se existir um processo de somatização de couraças musculares, a Geometria corporal expressiva, auxiliará em algumas destas dificuldades de expressão e de leitura corporal, resultando, inclusive, na maioria dos casos, em uma aprendizagem mais rápida, uma vez que a base de sua abordagem (a geometria) é universalmente compreendida - quando corretamente aplicada.
A anatomia humana, possuindo geometria no conceito de postura, é amplamente estudada em conjunto com a cinesiologia, pois a "corporificação" das experiências humanas, vem mostrar que toda aprendizagem somática exige correção postural. A Geometria corporal expressiva ajuda a corrigir a postura, aliviando a tensão muscular das regiões cervical, torácica e lombar.
Postura é um termo geralmente utilizado para avaliar o alinhamento das partes corporais, considerando sua posição em pé, sentada e deitada. Nem sempre a boa postura acompanha estas três posições. Pessoas anatomicamente diferentes terão posturas diferentes, e, devido às variações anatômicas, utilizarão o corpo de maneiras diferentes, mesmo que o movimento expressado seja o mesmo para ambas. Logo, a Geometria corporal expressiva não generaliza uma "postura correta" para biótipos diferentes – cada biótipo estabelece sua boa postura dentro de sua própria estrutura, adotando uma atitude que preservará sua natureza anatômica, aliviando lombalgias, dores cervicais e dores na cintura escapular.
A Geometria corporal expressiva também pode ser coadjuvante dos métodos de Feldenkrais, Laban, dos 5 Ritmos de Gabrielle Roth e da Bioenergética de Alexander Lowen.
O intuito pedagógico e terapêutico em sua utlização prática explicam a cultura do termo, mas a razão artística também complementa sua existência.

Se a geometria utilizada como ferramenta visual e cinestésica, é apresentada através de gráficos, cujas linhas e formas representam a intenção do movimento a ser executado, a metafísica assegura a interpretação da metáfora da forma desenhada pelo corpo. Logo, a expressão do movimento é melhor representada, se sua estrutura morfológica for bem compreendida, isto é, quando o movimento como forma é legível, sua interpretação pode ser mesurada. Por essa razão, o método também é chamado de "metaforma e movimento". Apenas uma outra denominação para mencionar sua intenção e acentuar o intuito terapêutico.
A musculatura corporal também codifica emoções e as simboliza em sua linguagem corporal. Logo:
Representar uma idéia em movimento é uma das funções da dança;
Emocionar e fazer um público sentir o que é transmitido através do corpo é uma arte;
Dominar a expressão corporal, controlar a postura e os movimentos, sentir os intuitos da música, são elementos de um mesmo processo: linhas em movimento no corpo são capazes de emocionar.

Fonte: Wiki...

Origem da Dança do Ventre


A origem é controversa. É comum atribuir a origem a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis, em agradecimento à fertilidade feminina e às cheias do rio Nilo, as quais representavam fartura de alimentos para a região; embora a Egiptologia afirme que não há registros desta modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.




Por possuir elementos corporais e sexuais femininos, acredita-se que sua origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era considerada um ritual sagrado. A origem está relacionada aos cultos primitivos da Deusa Mãe, Grande Deusa ou Mãe Cósmica: provavelmente por este motivo, os homens eram excluídos do cerimonial (Portinari, 1989). As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais.


As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães (Penna, 1997).


PENNA, Lucy. Dance e Recrie o Mundo. São Paulo: Ed. Summus, 1997.




PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1989.
 
Fonte: Wikipedia (nem sempre se pode ser original nas buscas, não? hehe)

Aspectos sociais e psicológicos da prostituição

Muitos países do mundo discutem como lidar com o tema da prostituição. Apesar de em muitos países considerarem o tema como crime, há alguns onde há formas de legalização ou pelo menos abstinência de penalidades. Discutido em associações de profissionais do sexo, universidades, legislações e afins, o tema tem posicionamentos prós e contras, como os que segue:


Os propositores da legalização acreditam que o fato reduziria crimes, ajudaria no controle sanitário, aumentaria a renda pública (observação minha: o governo sempre pensa no seu filão, né?) promoveria a autonomia de escolha. Argumentam que a legalização da postituição é necessária como passo para a liberação sexual, ajudaria no controle da pobreza e tiraria as prostitutas das ruas.


Os opositores à medida alegam que a criminalidade e a prostituição ilegal  aumentariam, em vez de reduzir, além de aumentar a incidência de DSTs e tráfico humano. A alegação é que a prostituição é inerentemente imoral e empodera o submundo criminoso, além de eumentar a repressão da mulher pelo homem.


(tradução livre da página http://prostitution.procon.org/viewresource.asp?resourceID=000114. Há de ressaltar que para a pesquisa de material para este texto foram encontradas dificuldades em acessar páginas encontradas por pesquisa boleana com a palavra chave "prostituição no Brasil". Apareciam mensagens de segurança às páginas acessadas, de acordo com seu conteúdo. Considero positivo este controle)


Pessoalmente sou favorável a um controle da prostituição no Brasil. É impossível que o tema permaneça na obscuridade tal como está. A falta de abordagem e a situação instável de não haver uma lei que reprima ou permita a prostituição transforma o problema da prostituição em zonas turísticas em algo, visto, conhecido, repudiado mas largado às traças porque não há o que fazer.


Existem associações de profissionais do sexo, o que considero um avanço positivo. Há de haver uma orientação àquelas pessoas que vivem disso! Há pessoas que se prostituem ou se prostituirão por anos para sobreviver. Essa profissão existe desde que o mundo é mundo. Independente dos julgamentos de moralidade ela está aí e vai continuar.


Acho que existem duas coisas completamente diferentes: aquilo que achamos que o mundo deveria ser e o que ele realmente é. Eu também gostaria que não fosse preciso as pessoas venderem seus corpos pra viver, assim como eu gostaria que todas as pessoas fossem boas ou se esforçassem para sê-lo. Se não boas, pelo menos respeituosas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


"Tenéis de todo, pero no os basta. Os quejáis. ¡En Francia se pasan la vida quejándose! Os encadenáis de por vida a un banco, y hay ansia de poseer, frenesí, prisa... En el desierto no hay atascos, ¿y sabe por qué? ¡Porque allí nadie quiere adelantar a nadie!"

Feminismo e religião

Hoje, depois de tentar estudar e mais uma vez não conseguir, fiz o que todo ocioso faz: entrei no orkut. Fazer uma coisa que nunca faço: ver as comunidades que participo. Sim, porque a participação em comunidades do Orkut via de regra é literalmente virtual...vc tá lá porque o nome é engraçadinho mas jamais vai entrar pra ver os posts.

Pois dessa vez eu vi. E pra começar já entrei direto no tema que me deixa mais cabreira: numa comunidade que tenho sobre o feminismo e a Igreja.

Acho muito curioso que a Igreja Católica tenha colocado a mulher numa posição tão condenável. Há gente que realmente acredita que a mulher desobedeceu as leis da natureza e por isso paga com as dores seus pecados (bom, pelo menos pra contrabalancear Deus deu às mulheres uma mair capacidade de suportar a dor).

Mais não é isso que acho mais curioso. Acho surreal que as próprias mulheres aceitem essas idéias e reproduzam-nas às suas filhas...e como a própria sociedade impele que esse raciocínio mude algum dia.