quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

I want to break freeeee

DE FÈRIAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O silencio que antecede o menear das folhas das árvores

Em muitas ocasiões me senti só. Só no meio de uma floresta linda, testando minha capacidade de sobrevivência. Só fazendo esportes, nadando ou correndo, sem a necessidade de me fazer bonita pois não haviam olhares e nem espelhos. Só ouvindo uma música em silêncio. Só e anônima no meio de uma multidão em Amsterdã.

Mas houve somente uma vez em que me senti realmente só. Faz um tempo e tudo durou 3 horas. Da situação só me lembro da imagem que me vem à mente. O recorte quadro a quadro que há em minha memória é de um prato branco diante de mim, vazio. Eu olhava para baixo, sentada na cadeira, com os cotovelos em cima da mesa, apoiando a cabeça entre as mãos. Nas laterais via desfocados uma toalha de plástico simples e um par de talheres baratos, nos quadros seguintes estão sequenciadas a queda de duas silenciosas lágrimas dentro do redondo branco que via na minha frente.

Jamais poderei explicar a sensação de solidão daquele momento. Misturada à ela vinha um sentimento de impotência e de não ter para onde correr. Sem dinheiro, sem amor e sem ter onde morar, eu chorei. Chorei sem raiva, sem soluços...chorei o choro cansado de quem não tem mais forças para lutar, mas segue respirando.

De vez em quando relembro o sentimento deste dia, mas já sem tristeza...o que sei é que jamais permitirei que meus queridos ou respeitados se sintam assim. Nem a pior pessoa do mundo merece este sentimento.

Entretanto, há muita gente que se sente assim no mundo, por irresponsabilidade alheia ou por escolas próprias que não foram as mais acertadas. Independente do motivo, sigo acreditando que ninguém merece se sentir assim, como eu me senti aquele dia.

Mas, enfim, juntei minhas forças e levantei desta cadeira. Enxuguei as lágrimas dos olhos e do prato.

Passei um batom, peguei minha bolsa e fui viver.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Olhos para te ver


Andava pelo mundo sem saber onde íam meus passos,

Sem ver por onde ia....

Olhava as pessoas na rua e não as via...

Me olhava no espelho e não me reconhecia...

Então tomei uma decisão em minha vida!

Fui ao oculista.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tava numa reunião, querido...



Dia desses divagávamos sobre o complicado tema das traições. Em qual momento da cafungada no cangote consolida-se o ato ilícito? Qual posicionamento deve ter o traído? E o traidor? Os traidores também amam? Qual o taco de beisebol mais adequado para surrar a frente do carro do pulador de cerca?

Perguntas, perguntas e mais perguntas. E somente uma resposta: quem nunca foi corno na vida, que atire a primeira pedra!

A gente pode acusar, chorar, espernear, enfeitar com lacinho, dizer que “mulher não trai, se vinga”, mas o troféu permanecerá lá, exposto na testa. Afinal, chifre não é nada! É só uma coisa que colocaram nas nossas cabeças.

E é mesmo: quando se fala sobre traição, a imagem primeira que vem são duas pessoas escondidinhas num quarto de motel, rezando pro celular não tocar. Mas quantas formas de traição existem?

Um cônjuge que bate no outro não lhe trai o direito à dignidade física?
Uma promessa não cumprida não é uma traição à confiança?
Chantagear o outro por alguma razão financeira não é uma traição à dignidade, quando este outro está desempregado ou com dificuldades econômicas?
Combinar uma coisa e não cumprir não é uma forma de enganar?

Traímos e somos traídos todos os dias, pelos outros ou por nós mesmos. A diferença é que a traição tem intensidades: o limite é o limite do respeito! Até onde a gente aguenta que pisem em nosso calo. Quando o calo dói, então é hora de vestir outro sapato, mesmo que o calçado anterior seja muito querido e tenha custado muito caro, nada justifica a mágoa que fica mesmo! Ninguém pode negar!

Às vezes passar por essas até é bom pra se dar mais valor ao amor dos outros...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

I believe!!!!!

Curioso é o fenômeno das crenças...

É muito difícil ser laico o suficiente para conseguir respeitar a opinião, religiosidade, convicção ou sei-lá-que dos outros.

Nesses dias a gente foi participar de um concurso (que nos rendeu o 2o lugar, cinquentinha para cada uma - se o cheque não voltar - e essa foto aí do lado). E o medo de ferir o artigo primeiro do parágrafo segundo de Dom João III que dizia que a apresentação não podia ter nenhuma conotação que desrespeitasse uma religião, cultura, cor, classe social ou eventualmente, desrespeitasse a mãe do bandeirinha.

Imagine nossa situação: a dança do ventre é, entre muitas das culturas onde é dançada, dança de prostitutas. Um muçulmano qualquer que passasse por ali poderia muito bem ficar ofendidíssimo por nos ver dançando em representação ou mençao a uma cultura. Piora quando algumas nuances da apresentação têm influência estritamente ocidental, como é o Fusion.

Da mesma forma, acontece esse tipo de coisa no cotidiano. Hoje mesmo um católico extremo (digo que ele era católico porque o fulano bradava aos quatro ventos que o Brasil é católico) se irritou bastante com um evangélico que aparentemente só lhe queria entregar um folheto com alguma palavra de Deus. Oras, eu não sou nem católica, nem apostólica e nem romana....nem evangélica, por sinal e não costumo me ofender quando alguém me oferece a palavra de Deus ou da gráfica que imprimiu o folhetinho.

Esse tipo de coisa já foi muito útil certa vez que, sem eira, beira ou um lugar para onde ir no Aeroporto de Gelão Velho da FAB do Rio de Janeiro, um distinto cabo, em vez de me dar palavra de prisão por estar indevidamente zanzando a altas horas da noite no aeroporto, me deu a palavra do Senhor para eu me distrair en quanto esperava uma carona cair do céu para sair do tal aeroporto.

Felizmente, depois de um tempo, o Senhor ouviu as minhas palavras de SOCORRO e me arranjou uma caroninha pra ir até a Rodoviária para eu me rumar pra São Paulo, finalmente.

O Folhetinho dado está até hoje estratégicamente guardado na minha carteira para alguma emergência ou precisão Divina (vai saber, né?).

Voltemos ao gordinho católico: quase que Deus teve que mandar uma palavra de prisão pro gordinho antes que ele se atracasse com o evangélico...fico pensando em quais as palavras do evangélico para causar tanto furor no católico. Talvez ele mesmo esteja se perguntando até agora o que foi que ele disse de errado.

De qualquer forma, para quem já saiu do país, do Estado ou mesmo saiu do Morumbi pra Guaianases, já deve ter vivido na pele o problema de ser mal entendido por uma cultura alheia à sua.

Melhor nessa situação é abrir uma cerveja (sem álcool para os evangélicos) e balangar a vida!!!