domingo, 6 de dezembro de 2009

Tava numa reunião, querido...



Dia desses divagávamos sobre o complicado tema das traições. Em qual momento da cafungada no cangote consolida-se o ato ilícito? Qual posicionamento deve ter o traído? E o traidor? Os traidores também amam? Qual o taco de beisebol mais adequado para surrar a frente do carro do pulador de cerca?

Perguntas, perguntas e mais perguntas. E somente uma resposta: quem nunca foi corno na vida, que atire a primeira pedra!

A gente pode acusar, chorar, espernear, enfeitar com lacinho, dizer que “mulher não trai, se vinga”, mas o troféu permanecerá lá, exposto na testa. Afinal, chifre não é nada! É só uma coisa que colocaram nas nossas cabeças.

E é mesmo: quando se fala sobre traição, a imagem primeira que vem são duas pessoas escondidinhas num quarto de motel, rezando pro celular não tocar. Mas quantas formas de traição existem?

Um cônjuge que bate no outro não lhe trai o direito à dignidade física?
Uma promessa não cumprida não é uma traição à confiança?
Chantagear o outro por alguma razão financeira não é uma traição à dignidade, quando este outro está desempregado ou com dificuldades econômicas?
Combinar uma coisa e não cumprir não é uma forma de enganar?

Traímos e somos traídos todos os dias, pelos outros ou por nós mesmos. A diferença é que a traição tem intensidades: o limite é o limite do respeito! Até onde a gente aguenta que pisem em nosso calo. Quando o calo dói, então é hora de vestir outro sapato, mesmo que o calçado anterior seja muito querido e tenha custado muito caro, nada justifica a mágoa que fica mesmo! Ninguém pode negar!

Às vezes passar por essas até é bom pra se dar mais valor ao amor dos outros...

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